Um total de 27 bóias inteligentes, dotadas de cartão SIM para serviços de telemetria e de Sistema de Posicionamento Global (GPS), foram adquiridas pela delegação do Instituto Nacional de Navegação Marítima (INAHINA) com vista à modernização do Porto da Beira.
A informação foi dada a conhecer pelo porta-voz do Conselho de Representação do Estado, Octávio Chicoco, no âmbito da realização da IX sessão ordinária do órgão, revelando que a aquisição das bóias se insere no projecto de modernização do porto e tem como objectivo aumentar os níveis de segurança para a navegação nocturna.
Chicoco disse que o equipamento permite a sua manipulação remota em situações de necessidade, bem como o envio de mensagens diárias sobre a sua posição e funciona a lanterna alimentada por uma bateria recarregada com painéis solares.
“Essas 27 bóias já estão aplicadas no canal e, além de serem de dimensão maior, são leves e têm a sua iluminação através de painéis solares», explicou.
O porta-voz recordou, na ocasião, que o canal de acesso era apenas sinalizado por 22 bóias luminosas verdes e vermelhas e pelo farol de Macúti, actualmente fora de serviço. Segundo a fonte, enquanto o farol não entra em funcionamento, o sector tem conseguido manter o canal de acesso ao Porto da Beira sinalizado através de bóias inteligentes.
“Apesar da avaria do farol, este representa um ganho não só na sinalização, como na orientação ao acesso ao Porto da Beira. Por isso estamos a desenhar um projecto de reabilitação”, frisou.
Octávio Chicoco apontou que o único momento em que pode haver dificuldade de navegação é quando há marés baixas e explicou que o canal de acesso ao porto tem um comprimento de aproximadamente 27 quilómetros de mar aberto, uma largura que varia de 135 metros a 250 metros e uma profundidade entre oito metros e dez metros.
Entretanto, acrescentou que o canal é caracterizado por uma grande amplitude de marés que atingem até sete metros e correntes fortes, acentuando o processo de assoreamento que resulta na diminuição rápida das profundidades, o que obriga a dragagem para a manutenção das quotas.
































































