A Tanzânia está a aproximar-se do seu sonho de desenvolver um projecto de LNG de 40 mil milhões de dólares depois de o governo e as empresas, incluindo a Equinor ASA e a Shell Plc, terem assinado acordos iniciais.
A última assinatura precede um Acordo de Governo Anfitrião que se espera para o final deste ano, segundo o Presidente Samia Suluhu Hassan. A chamada HGA estabelece os termos técnicos, comerciais e jurídicos do projecto.
O desenvolvimento do projecto de exportação de GNL poderia começar logo após uma Decisão Final de Investimento (DFI) no prazo de três anos, e chegará mais de uma década depois do início das negociações iniciais. Outras empresas envolvidas incluem a ExxonMobil, Pavilion Energy e Medco Energi.
“Esperamos que a DFI no projecto de GNL seja alcançada em 2025”, disse Hassan num discurso no evento de assinatura no sábado na capital, Dodoma.
O anúncio surge quando vários governos ocidentais procuram fontes alternativas de combustível no meio de um esforço para reduzir a sua dependência da energia russa na sequência da invasão da Ucrânia pelo Presidente Vladimir Putin. A urgência dá o impulso de Hassan para acelerar o projecto.
A Tanzânia tem reservas recuperáveis de gás natural de mais de 57,5 biliões de pés cúbicos, de acordo com o Ministro da Energia Janeiro Makamba. Juntar-se-ia a Moçambique para desenvolver o novo centro de GNL de África.
Moçambique está, contudo, e como se sabe, a lutar contra uma insurreição que viu a TotalEnergies SE suspender as operações no seu projecto multi-bilionário no país.