Os custos gerais dos meios de produção suportados pelas empresas do sector privado moçambicano aumentaram para um nível mais acentuado em Maio. O Standard Bank Moçambique considera que o índice corrigido de sazonalidade aumentou em mais de quatro pontos desde Abril, assinalando o mais rápido aumento dos preços dos meios de produção em Setembro de 2018.
A entidade bancária acrescenta que as pressões inflacionárias mais fortes fizeram-se sentir nas cinco indústrias monitorizadas, com o comércio a grosso e a retalho a registar o aumento mais acentuado nos custos. Na sua mais recente publicação, o banco mostra ainda que no Índice PMI – Purchasing Managers Index – Moçambique aponta para uma nova melhoria de condições das empresas em Maio, acompanhada de aceleração das pressões inflacionárias.
Ainda que as novas encomendas continuem a aumentar a um ritmo sólido, e face aos aumentos dos preços dos combustíveis e matérias-primas, as empresas aumentaram fortemente os seus preços de venda. Ao mesmo tempo, o aumento dos inventários, nível de pessoal e a melhoria dos prazos de entrega contribuíram para a mais rápida expansão da actividade, desde Outubro de 2017.
“O principal valor calculado pelo inquérito é o ‘Purchasing Managers’ Index (PMI). Valores acima de 50,0 apontam para uma melhoria nas condições das empresas no mês anterior, ao passo que valores abaixo de 50,0 mostram uma deterioração”, explica o banco.
Detalha que três dos cinco subcomponentes do PMI tiveram influências direccionais positivas no principal valor em Maio – o de produção, novas encomendas e “stocks” de aquisições. O índice de produção subiu para o seu nível mais elevado em mais de quatro anos e meio, com a actividade empresarial a aumentar acentuadamente, como resposta a um maior aumento da afluência de novas encomendas e forte procura dos clientes.
Para auxiliar na produção, as empresas moçambicanas adquiriram um maior volume de meios de produção durante o mês de Maio, com os últimos dados a assinalarem a mais rápida retoma da actividade de aquisição, em apenas cinco anos. Isto resultou numa acumulação acentuada de “stocks” de aquisições.
Não obstante, o indicador PMI caiu de 52,9 em Abril para 52,4 em Maio, como resultado dos restantes sub-índices de emprego e prazos de entrega dos fornecedores. Embora os níveis de pessoal tenham aumentado para suportar a maior capacidade, a taxa de criação de emprego abrandou em Maio para o nível mais baixo dos últimos três meses.
Apesar disso, as empresas conseguiram cumprir os prazos de novas encomendas e reduzir as que estavam em atraso e viram também a pressão das cadeias de fornecimento reduzida, com os fornecedores a diminuírem os seus prazos de entrega ao ritmo mais rápido, desde Março de 2019.