Wall Street arrancou a sessão no vermelho pelo terceiro dia consecutivo, pressionada pelos números do mercado de trabalho. A sessão está ainda a ser marcada pela queda de algumas tecnológicas contagiadas pelo deslize das acções da Microsoft, depois de a empresa ter revisto em baixo os lucros para este trimestre.
O industrial Dow Jones derrapa 0,22% para 32 750,24 pontos, enquanto o benchmark mundial S&P 500 cai 0,29% para 4089,23 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,45% para 11 934,25 pontos.
O sector privado dos Estados Unidos criou 128 mil postos de trabalho em Maio, uma queda face aos 202 mil criados em Abril, segundo o relatório divulgado esta quinta-feira pela Automatic Data Processing (ADP). Os números ficaram abaixo da previsão de economistas ouvidos pelo The Wall Street Journal que apontavam para a criação de 299 mil postos de trabalho.
A sessão está ainda a ser pressionada pela revisão em baixa dos lucros para este trimestre da Microsoft. A empresa comandada por Satya Nadella segue a cair 2,22%, tendo contagiado algumas da “big tech”. A Apple derrapa 0,36%, enquanto a Alphabet desliza 0,47% e a Amazon desvaloriza 0,35%.
A Microsoft reduziu as previsões de lucro para uma faixa entre 2,24 dólares e 2,32 dólares por acção (contra a faixa anterior entre 2,28 dólares e 2,35 dólares por acção).
Além disso, as estimativas para a receita são cortadas para um tecto de 52,74 mil milhões de dólares face aos 53,20 mil milhões de dólares previstos anteriormente.
No documento enviado ao regulador, a Microsoft esclarece que pretende “ajudar os investidores a entenderem o impacto do movimento desfavorável da taxa de câmbio para os resultados [da empresa]”. Para a companhia este factor irá ter, no último trimestre do ano, um impacto de cerca de 460 milhões de dólares na receita arrecadada.
Durante a sessão, o foco dos investidores irá ainda para o sector energético, depois de a OPEP e os aliados terem acordado aumentar a oferta de crude em cerca de 50% nos meses de Julho e Agosto. O acordo alcançado esta quinta-feira constitui uma cedência à pressão dos grandes consumidores de petróleo, nomeadamente os EUA, para aliviar a escalada de preços energéticos e, consequentemente, a inflação.