Um milhão de randes, de um total de cinco milhões, está disponível para a retoma do pagamento em diferido dos ex-trabalhadores das minas da África do Sul, após a interrupção de 2017, devido à falta de fundos.
Segundo o Notícias, a informação foi partilhada, em Maputo, pelo gestor executivo da TEBA, entidade recrutadora de mão-de-obra para a indústria mineira sul-africana, José Carimo, num encontro que manteve com jornalistas.
Referiu que o Ministério do Trabalho e Segurança Social está a trabalhar para que os ex-mineiros e ou seus dependentes, devidamente identificados, possam receber o dinheiro a que têm direito.
“A retoma de pagamento começou em Dezembro do ano passado e tudo está a ser feito no sentido de todos os trabalhadores listados poderem receber os seus ordenados. Não queremos que haja falhas, daí que estejamos a trabalhar com toda a cautela”, apontou, acrescentando que se os ex-mineiros não estivessem a receber os seus salários possivelmente podiam manifestar-se.
Actualmente, os cerca de 18 mil trabalhadores nas minas da África do Sul estão a receber os seus honorários naquele país e o pagamento em diferido em Moçambique.
Estão em causa cerca de 1600 ex-trabalhadores que viram descontados nos seus salários valores que foram desviados para outras despesas no Ministério do Trabalho, espoletando o caso dos 113 milhões em julgamento no Tribunal Judicial da cidade de Maputo.
Recordar que José Carimo é um dos declarantes no caso do desvio da Direcção Nacional do Trabalho Migratório (DTM), ocorrido entre 2010 e 2015. O caso tem 11 réus, entre antigos quadros do Ministério do Trabalho, com destaque para a ex-titular da pasta, Helena Taipo, a ex-directora da DTM, Anastácia Zitha e o ex-coordenador de projectos de reinserção social dos ex-mineiros e seus dependentes, Pedro Taimo, acusados da prática de actos que lesaram o Estado em mais de 113 milhões de meticais.
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