Os investidores receberam mais 302,5 mil milhões de dólares no total de dividendos (mais 11%), um recorde para este período “tradicionalmente mais calmo”, segundo um relatório da gestora de activos Janus Henderson.
O montante dos dividendos pagos aos accionistas atingiu um novo recorde mundial no primeiro trimestre, graças ao vigor dos sectores petrolífero e extractivo, bem como à recuperação económica pós-pandemia, segundo um estudo divulgado na terça-feira, 17 de Maio.
Os investidores receberam mais 11%, num total de 302,5 mil milhões de dólares, um recorde para este período “tradicionalmente mais calmo”, segundo um relatório da gestora de activos Janus Henderson.
Estes números levam mesmo a Janus Henderson a rever as suas previsões em alta para o conjunto do ano, de 4,6%, o que equivale a 1540 biliões de dólares, situação que ocorre depois de 2021 já ter sido um ano com valores inéditos. Os dividendos tinham caído em 2020 e no primeiro trimestre de 2021 devido à pandemia do novo coronavírus.
O documento mostra que “os pagamentos mais do duplicaram” desde 2009, ano em que este estudo foi criado para medir a evolução dos dividendos pagos pelas empresas com as 1200 maiores capitalizações bolsistas.
Apesar dos contextos de inflação e da invasão russa da Ucrânia, 94% das multinacionais aumentaram os seus dividendos ou mantiveram-nos. Nos EUA, esta percentagem foi mesmo de 99%, que compara com 90% um ano antes.
Na Europa, os dividendos na Dinamarca foram muito mais relevantes do que habitualmente, devido à multiplicação por oito do dividendo anual do grupo marítimo Moller-Maersk, “que beneficiou com a perturbação nas cadeias de aprovisionamento mundiais”.
Todos os sectores registaram aumentos dos dividendos, mas as indústrias petrolíferas – onde os dividendos aumentaram um terço no primeiro trimestre – e as extractivas distinguiram-se. Estas viram os dividendos aumentar em 29,7% e devem pagar em 2022, pela primeira vez, mais de 100 mil milhões de dólares aos accionistas, nas estimativas da Janus Henderson.
O conglomerado mineiro anglo-australiano BHP está “em vias de se tornar o maior pagador de dividendos do mundo em 2022”, o que, a acontecer, ocorreria pelo segundo ano consecutivo, acrescentou-se no documento
