Gana, Quénia, Angola, Etiópia e Zâmbia fazem parte do grupo catalogado pelo Standard Bank Group como ‘”s cinco frágeis”. No caso do Gana, os custos anuais do serviço da dívida quintuplicaram para 6,6 mil milhões USD, segundo o líder do Congresso Nacional Democrático.
A guerra na Ucrânia levou os rácios da dívida pública em África para o nível mais elevado em duas décadas, com quase metade dos países na região Subsaariana em situação de sobre-endividamento, alertou o Chefe do Departamento de África, Abebe Selassie, dias antes de o líder do principal partido da oposição no Gana, John Mahama, advertir para o risco de incumprimento na segunda maior economia da África Ocidental.
Ao todo, 20 países dos 45 que compõem a região correm risco elevado de endividamento, de acordo com o Chefe de Divisão de Estudos Regionais do Departamento de África do FMI, Papa N”Diaye, que se escusou a nomear os países que integram o grupo dos mais vulneráveis à armadilha da dívida.
Na lista dos 20 países mais endividados no continente, divulgada pela Statista em Dezembro de 2021, Angola figura nos cinco lugares cimeiros (embora o rácio do país tenha baixado para 80% do PIB, com a alta do preço do petróleo e a apreciação do kwanza). A Eritreia lidera (175,1% do PIB), seguindo-se Cabo Verde (160,7%), Moçambique (133,6%), Angola (103,7%) e Maurícias (101,0%).
No caso do Gana, os custos anuais do serviço da dívida quintuplicaram para 6,6 mil milhões USD, de acordo com o líder do Congresso Nacional Democrático, que avaliou a dívida do país em 50,1 mil milhões USD. O elevado peso da dívida está já a provocar problemas na obtenção de financiamento.
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