A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) está a avaliar as necessidades orçamentais para a reposição de infra-estruturas destruídas pelos terroristas nos distritos de Palma e Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado.
O porta-voz da ADIN, João Machatine, explicou na última sexta-feira, 29 de Abril, em Maputo, que existem muitas infra-estruturas que já beneficiaram de reabilitação nos distritos de Macomia e Quissanga, no âmbito do processo de recuperação de Cabo Delgado, estimada em 300 milhões de dólares.
Machatine, que falava numa sessão do Comité de Supervisão da ADIN que, entre outros aspectos, visava fazer a apresentação do relatório e balanço de actividades realizadas, bem como debater o plano económico, social e orçamental para o presente ano.
“Durante o ano de 2021 e o primeiro trimestre de 2022, a ADIN trabalhou num contexto adverso, de restrição orçamental, efeitos dos ciclones, da pandemia do covid-19 e da acção dos terroristas na região norte”, disse.
Segundo o “Notícias”, no entanto, com os recursos do Orçamento do Estado e em coordenação com os parceiros, foram realizados vários trabalhos de apoio à população vítimas dos terroristas, reconstrução dos distritos da zona norte de Cabo Delgado, no âmbito da implementação do plano de reconstrução da província (PRCD 2021-2024) e empreendidas acções geradoras de emprego e desenvolvimento regional.
“Neste momento, assiste-se o regresso espontâneo da população devido ao restabelecimento da ordem e segurança pelas FDS. Como ADIN, a nossa perspectiva é de promover a rápida transição da fase de apoio emergencial para a fase de suporte a programas de desenvolvimento”, frisou.
O porta-voz acrescentou que a Agência está empenhada na redução de desemprego, através de capacitação profissional de jovens; consolidar a sua presença na região e; manter a facilitação de articulação com as FDS e os parceiros de apoio ao desenvolvimento.
“Queremos também promover programas que aumentem a rentabilidade do sector familiar, em particular das mulheres produtoras, para que possam obter meios de vida sustentáveis, bem como aumentar a competitividade do sector privado, por via de desenvolvimento de cadeias de valor, como forma de aceder às oportunidades de mercado”, disse.