Depois de doze anos de implementação, o Programa de Promoção de Mercados Rurais (PROMER), com foco no agro-negócio, reforça as capacidades de comerciantes em quinze distritos das províncias do Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambézia.
Estes comerciantes estão envolvidos na venda de insumos e comercialização agrícola, tendo conseguido mais de dois mil contratos num volume de mais de 50 mil toneladas de produtos diversos.
Os dados foram apresentados recentemente em Maputo pelo vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Olegário dos Anjos Banze, na abertura do seminário nacional de fecho do PROMER, uma iniciativa do Governo, apoiada pelo FIDA e a União Europeia, orçada em cerca de 75 milhões de meticais.
O programa que iniciou as suas actividades em 2009, visava melhorar a vida das famílias rurais através de apoio aos pequenos agricultores na comercialização de seus excedentes de forma mais lucrativa melhorando, deste modo, a sua renda e condições de vida.
Para a concretização desse objectivo, o PROMER interveio em acções de desenvolvimento de intermediários de mercado e de cadeias de valor orientadas para o empreendedorismo, promoção do género, educação funcional e nutricional, para além de apoio institucional a todos níveis.
Segundo Banze, a implementação do programa fez com que se alcançassem resultados positivos, com destaque para o acesso a serviços financeiros e acordos de parcerias com instituições financeiras, que facilitaram a realização de operações de crédito, envolvendo comerciantes rurais e produtores individuais em valores que rondam os 195 milhões de meticais.
De acordo com a fonte, a iniciativa permitiu o fortalecimento de capacidade de 500 organizações de produtores, envolvendo cerca de 21.085 membros, a atribuição de DUAT a 26.816 pequenos produtores, reabilitação de 730 km de estradas ligando áreas de produção aos principais mercados, reabilitação de 11 mercados e construção de 4 de raiz, totalizando 15 infra-estruturas de mercados, entre outros.
“Temos a consciência de que os desafios no acesso dos pequenos produtores aos mercados agrícolas são ainda enormes requerendo, por isso, um esforço do Governo na dinamização dos mercados a favor dos agricultores rurais que representam mais de 70% da força produtiva e têm na agricultura a sua principal fonte de renda e de subsistência”, disse.