O petróleo caminha para a terceira perda semanal, motivada pelos confinamentos na China que têm levado a uma diminuição da procura pelo maior importador de ouro negro do mundo.
Este mercado está ainda a sofrer um choque provocado pelas declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, que admitiu a possibilidade de subir as taxas de juro em 50 pontos base já em Maio.
O West Texas Intermediate, em Nova Iorque, está a cair 0,59% para 103,18 dólares por barril, depois de ter desvalorizado mais de 1% durante a manhã desta sexta-feira, para 103,18 dólares o barril, tendo mergulhado mais de 4% esta semana, segundo os dados compilados pela Bloomberg.
Já o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, regista uma queda de 0,57% para 107,71 dólares por barril.
O petróleo já subiu 35% desde o início do ano, tendo o desequilíbrio entre procura e oferta sido agravado pela invasão russa à Ucrânia.
O futuro parece ser incerto, já que por um lado continuam os confinamentos em alguns centros financeiros da China, como Xangai, aliviando assim o mercado pelo lado da procura, enquanto por outro os EUA pressionam Bruxelas para bloquear as importações de petróleo russo.
“É um mercado instável”, resume Gao Mingyu, analista da SDIC Essence Futures, citado pela Bloomberg.