O Governo espera comercializar 17 milhões de toneladas de produtos na campanha agrícola 2021/2022, anunciou esta quarta-feira, 20 de Abril, o chefe de Estado, Filipe Nyusi.
“Não nos vamos humilhar importando aquilo que podemos produzir e bem”, disse o chefe de Estado, no lançamento da campanha agrícola 2021/2022 em Marracuene, na província de Maputo.
Dos 17 milhões de toneladas de produtos que Moçambique espera comercializar, a previsão é que 45% correspondam a raízes e tubérculos, 21% de cereais, 13% de hortícolas, 11% de leguminosas, além de outros produtos.
“Caros agricultores, há que intensificar o cultivo da batata e da cebola. Não só por ser um negócio com mercado seguro, mas este exercício vai equilibrar a nossa balança comercial”, declarou o chefe de Estado moçambicano.
O Governo, que definiu a agricultura como uma prioridade da economia moçambicana, tem apontado a industrialização do sector e aposta na comercialização como um dos seus principais desafios.
No âmbito das estratégias para reforçar a capacidade dos pequenos agricultores e impulsionar a industrialização, o Governo de Moçambique lançou, em Fevereiro de 2017, o programa “Sustenta”, que tem sido o pilar do sector agrário nos últimos tempos.
O programa contou com um apoio inicial de 16 mil milhões de meticais, desembolsados pelo Banco Mundial.
Como forma de resistir aos altos índices de pobreza e à desnutrição crónica, a maior parte da população moçambicana, que vive em zonas rurais, recorre à agricultura de subsistência como único meio de sobrevivência.