A Comunidade empresarial da província de Tete, em Moçambique, e do Maláui, considera ser urgente a remoção das barreiras comerciais entre os dois países, por forma a aumentar o fluxo de oportunidades de investimento, avança a “Rádio Moçambique”.
Segundo os mesmos, o excesso de burocracia na autorização de investimentos directos estrangeiros, desembaraço alfandegário, e barreiras não tarifárias condicionam o fluxo do comércio e o investimento entre os dois países.
Reunidos na cidade de Lilongwe, no Maláui, os empresários instaram os governos dos dois países para colocarem em marcha os acordos bilaterais existentes entre as partes, que acreditam ser a forma mais viável para a promoção de comércio e investimento.
Citado pela estacão radiofónica moçambicana, o presidente da Comissão Empresarial Provincial de Tete, Hermínio Nhantumbo, observou que apesar dos dois países possuírem um grande potencial agro-pecuário, susceptível de transformação para agregar maior valor comercial, o número de investimentos entre os dois países ainda é insignificante.
Por seu turno, o director provincial da Indústria e Comércio, de Tete, Ofélio Jeremias, disse estar convicto que as discussões que tiveram lugar durante as sessões de debate e diálogo, irão catapultar o investimento entre os dois países, o que vai constituir uma plataforma para ultrapassar os desafios do sector privado, a nível provincial e regional.
“Seguro de saúde transfronteiriço, serviços profissionais, agricultura e agro-processamento, transporte, energia e recursos minerais são as potenciais áreas que os homens de negócio identificaram nos dois países”, salienta a RM.
Dados das Nações Unidas mostram que as exportações do Maláui para Moçambique representaram 14,64 milhões de dólares em 2020.