Um montante de 11 milhões de dólares acaba de ser disponibilizados, numa primeira fase, pelo Banco Mundial à Agência de Desenvolvimento do Zambeze, sediada em Tete, no âmbito da implementação da segunda fase do Fundo Catalítico para Inovação e Demonstração (FCID).
O valor destina-se a potenciar as médias e grandes empresas implantadas na região do Vale do Zambeze, incluindo os corredores de desenvolvimento da Beira, Nacala e Maputo, especialmente na Ponta de Ouro, esperando-se, no mínimo, dez propostas de elegibilidade por cada província.
A informação foi divulgada nesta terça-feira, 29 de Março, na Beira, durante a sessão de esclarecimento desta iniciativa conjunta dos Governos de Moçambique e Maláui sobre o comércio ao nível dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e mercados de potencial exportação internacional.
O director Geral da Agência do Zambeze, Roberto Albino, disse aos agentes económicos baseados em Sofala que daquele valor podem concorrer ao mínimo de 200 mil dólares e um máximo de 750 mil cambiados a moeda nacional para cada empresa elegível neste fundo de subvenções.
Presente no encontro, a secretária de Estado nesta província, Stella Zeca, encorajou os empresários locais a aderirem a esta iniciativa, podendo assim alavancar as suas instituições que foram severamente destruídas durante a passagem do ciclone tropical Idai, em Março de 2019.
Por seu turno, os beneficiários, na voz do presidente do Conselho Empresarial Provincial, Ricardo Cunhaque, louvaram a iniciativa e mostraram-se determinados a submeter as suas propostas para projectos deste fundo perdido e sem taxa de juro de devolução.
De acordo com o coordenador interino do FCID, Gersone Nunes, neste modelo de financiamento existe uma parceria entre as médias e grandes empresas, que concorrem para o fundo, devendo incluir parcerias com os pequenos produtores, sendo que mais de 50% do valor aprovado deve ser repassado para as pequenas e micro-empresas.
Ao programa, que conta igualmente com a coordenação do Ministério dos Transportes e Comunicações, podem concorrer directamente para acesso a este fundo, desde de 21 de Fevereiro, todas as médias e grandes empresas que tenham contabilidade organizada e declarada pelas entidades competentes.
Também são elegíveis sectores com capacidade de comparticipar em 20% do montante solicitado e que mostrem evidências da inclusão das pequenas e micro-empresas, dos produtores e da comunidade nos seus projectos de investimentos.
São encorajadas para esta candidatura empresas ligadas ao comércio, indústria e serviços, incluindo agro-negócio, pesca comercial, aquacultura de grande dimensão, fruticultura, logística, entre outros, sobretudo que tenham relações das trocas comerciais com o vizinho Maláui.
Na primeira edição deste programa foram financiados 18 projectos nacionais, cujos impactos são descrito pelos seus mentores como sendo cruciais na dinamização da vida, incrementando, em grande escala, o Produto Interno Bruto (PIB).