A Organização das Nações Unidas para Habitação (ONU-Habitat), propôs ao Governo moçambicano a criação de padrões mínimos de resiliência na construção de habitações. Por sua vez, a Ordem dos Arquitectos de Moçambique diz que é preciso formar a população em técnicas de construção.
Segundo avançou “O País”, os ciclones, cada vez mais frequentes, deixam sempre um rasto de destruição nas comunidades, assim como fazem multiplicar as reflexões sobre a resiliência das infra-estruturas.
Falando em Maputo, durante um evento que visava essencialmente buscar parcerias entre arquitectos italianos e moçambicanos, sobre a sustentabilidade e resiliência nas construções, Anselmo Cani, representante da Ordem dos Arquitectos de Moçambique propões que haja produção de recursos e criação de pequenas indústrias que possam produzir materiais básicos.
“O incentivo aos materiais de construção para que sejam acessíveis as populações é bom, mas não é só baixar o material de construção é preciso ensinar como usar este material”, frisou.
Entretanto, nesta vertente, a ONU-Habitat afirmou que a tarefa não é apenas do governo, sendo importante também a intervenção de todos os sectores da sociedade para que se tenham habitações mais resilientes. De Janeiro até esta parte, Moçambique já foi assolado por cerca de cinco tempestades tropicais nomeadamente, Ana, Bastirai, Cliff, Dumako e Gombe, estes que causaram a destruição de infra-estruturas importantes para o País.