A taxa de câmbio representa a relação de uma moeda em relação a outra. E essa taxa pode sofrer oscilação, chamada de variação cambial.
Essa variação mostra que a taxa de câmbio não é estática e pode sofrer alterações, principalmente quanto mais interligadas forem as economias das moedas em questão.
As variações da taxa de câmbio, ou seja, a apreciação e a depreciação do Metical em relação às outras moedas, dependem dos factores que afectam a procura e oferta de moeda externa.
• Se exportamos mais bens e serviços do que importamos do exterior, haverá maior entrada ou oferta de moeda externa (dólares, rands, euros, etc.), favorecendo os ganhos ou a apreciação do Metical;
• Se importamos mais do que exportamos, haverá mais saída de dólares, euros e rands, contribuindo para as perdas ou a depreciação do Metical;
• A inflação também influencia a procura e oferta de moeda externa. Por exemplo, se os preços de bens e serviços aumentam no país, aumenta a procura de rands para a compra de produtos sul-africanos, que se tornam mais baratos, favorecendo a depreciação do Metical em relação ao Rand;
• A taxa MIMO é outro indicador que tem influência na variação da taxa de câmbio. Por exemplo, se o Banco de Moçambique aumenta a taxa MIMO para controlar a inflação, reduz a circulação de meticais, contribuindo para a diminuição da procura de dólares, euros e rands, resultando na apreciação do Metical;
• Factores psicológicos também influenciam as variações da taxa de câmbio: se os consumidores e empresários acreditarem que haverá maior entrada de dólares, motivada, por exemplo, pela
descoberta de recursos minerais, para não perderem dinheiro, tendem a vender os dólares em excesso que guardaram, originando ganhos do Metical ou a sua apreciação. As variações da taxa de câmbio afectam o seu poder de compra ou inflação.