Após lucros recorde em 2021, para os quais o 100% eléctrico, a Porsche anunciou o objectivo de atingir uma quota de vendas de eléctricos superior a 80% em 2030.
Se dúvidas existissem sobre o crescimento dos veículos eléctricos, os números da Porsche são expressivos. Isto porque a marca alemã é conhecida por produzir veículos de alta performance e, até pelo histórico, está muito associada ao conceito de ‘petrolheads’, ou seja, entre os clientes da Porsche estão alguns dos mais indefetíveis do motor de combustão. No entanto, o Taycan tem sido um sucesso de vendas.
Segundo dados da marca, em 2021 este 100% eléctrico até conseguiu vender mais que o mítico 911. Isto apesar de o 911 até ter batido recordes de vendas: 38.464 unidades entregues. A Porsche entregou 41.296 Taycan em 2021, mais do dobro do ano anterior. O eléctrico só foi ultrapassado em vendas pelos SUV Macan (88.362) e Cayenne (83.071).
Para o CEO da Porsche, Oliver Blume, “o Taycan é 100 por cento um Porsche e inspira todo o tipo de pessoas – actuais e novos clientes, especialistas e meios de comunicação. Estamos a intensificar a nossa ofensiva eléctrica com outro modelo: em meados da década, queremos oferecer o nosso desportivo 718, de motor central, exclusivamente eléctrico”.
Ainda segundo dados do fabricante alemão, em 2021 quase 40% dos Porsche vendidos já eram “pelo menos parcialmente eléctricos” (híbridos, híbridos plug-in e 100% eléctricos). A marca prevê que, em 2025, mais de 50% dos veículos vendidos sejam eléctricos (híbridos plug-in e 100% eléctricos) e que “em 2030, a quota de veículos novos com motorização totalmente eléctrica deverá ser superior a 80%”.
A estratégia da Porsche para aumentar a penetração dos veículos eléctricos passa pela criação de um ecossistema que inclui estações premium para carregamento e desenvolvimento de células de bateria de alta performance para entrar em produção em 2024.
O construtor de veículos desportivos, com base em Estugarda, atingiu recordes de receitas e lucros em 2021. As vendas foram de 33,1 mil milhões de euros, mais 4,4 mil milhões de euros do que no ano anterior, o que representa um crescimento de 15%. O lucro operacional foi de 5,3 mil milhões de euros, mais 27% que em 2020.
