Grandes organizações económicas internacionais, como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), alertaram esta sexta-feira, 18 de Março, para as vastas consequências da invasão russa da Ucrânia na economia mundial.
Num comunicado conjunto, as organizações afirmam-se “horrorizadas e profundamente preocupadas” e indicam que se reuniram na quinta-feira (17 de Março), para discutir o impacto do conflito e uma resposta colectiva.
As organizações signatárias, que incluem também o Banco Europeu de Investimento (BEI), sublinham que, para além do “desastre humanitário devastador na Ucrânia, a guerra está a perturbar os meios de subsistência na região e não só”.
O conflito reduz a oferta de energia, alimentos, aumenta os preços e “prejudicará a recuperação planetária pós-pandemia”, apontam.
“Toda a economia mundial vai sentir os efeitos com um crescimento mais lento, perturbações nas trocas comerciais e os mais pobres e vulneráveis serão os mais afectados”, consideram as referidas instituições.
Os países vizinhos da Ucrânia, em particular, vão sofrer perturbações do comércio, na cadeia de abastecimento e enfrentam “vagas de refugiados”.
Os mercados financeiros também vão ser afetados pela incerteza, que se reflecte no preço dos activos, no endurecimento das condições financeiras e poderá até “estimular fluxos de saída de capital dos mercados emergentes”.
Os signatários do comunicado lembram as medidas já adoptadas: um pacote de ajuda de dois mil milhões do BERD, que abrange segurança energética e nuclear, uma provisão de 668 milhões de euros no BEI, 1,4 mil milhões de dólares de assistência urgência da parte do FMI e 925 milhões de dólares do Banco Mundial.