Retomaram ao trabalho nesta segunda-feira (07 de Março) cerca de 65% dos 4 mil funcionários da açucareira de Xinavane, na Província de Maputo, isto depois de se observar uma greve que culminou com vandalização de várias infra-estruturas e bens.
“O País” avançou que a entidade patronal, o sindicato e o Governo alcançaram um acordo visando o incremento salarial num período de um ano, mas que a massa laboral diz que os consensos alcançados não condizem com os objectivos da greve.
Os acordos alcançados vão vigorar de Março de 2022 a Março de 2023, sendo que os aumentos salariais variam de 330 a 940 Meticais respectivamente, ou seja, na categoria A1, por exemplo, ganhava-se 5 870 e passou para 6 200 Meticais.
Na A2, subiu de 6 015 Meticais para 6 330 Meticais, na categoria A3 o salário mudou de 6 105 para 6 550 Meticais. Para a categoria B1 ganhava-se 7 500 e houve um aumento até 8 030 Meticais. Na categoria B2 os salários mudam de 9 170 para 9 590 Meticais. Na categoria B3 o salário de 11 235 mudou para 12 005 meticais.
Na categoria B4 ganha-se actualmente 14 140 Meticais contra os anteriores 13 530 e por fim a categoria B5 o salário mudou de 17 080 para 18 020 Meticais.
Entretanto, reagindo a situação, Orlando Chume, representante dos trabalhadores da Açucareira de Xinavane disse que “para nós esses incrementos são aqueles que nas negociações normais anuais têm acontecido. Agora para aquilo que era o objectivo da greve não é isso, está muito longe de satisfazer a preocupação. Mas foi o que conseguimos e nos conformamos com isso e está tudo bem e já estamos a trabalhar”.
EPor seu turno, Ananias Chomola, representante da empresa, adverte que os trabalhadores que não se fizeram presentes, até o dia 2 do mês em curso, correm o risco de perder o emprego.
“A partir do dia 2 de Março, com efeitos imediatos, quem não se fizer ao seu posto de trabalho incorre a um processo disciplinar que, ao agravar-se, pode perder o seu emprego”, alertou.
Secundar que as negociações envolveram o Governo de Moçambique, a Tongaat Hulett que detém neste caso a Açucareira de Xinavane e o Sindicato em representação da massa laboral.