Se em Portugal já se faz sentir, em grandes polos financeiros como Wall Street a “guerra de talentos” no sector financeiro é mesmo um fator que pesa nas contas dos grandes bancos. É o caso do JP Morgan Chase, cujo lucro do último trimestre de 2021 caiu 14% apesar do ambiente favorável de taxas de negociação e das receitas de “trading” que estão a inundar as financeiras. A razão? Escassez de recursos humanos.
“É verdade que os mercados de trabalho estão pressionados, que há alguma inflação laboral e que é importante para nós atrair e reter o melhor talento”, afirmou o chief financial officer, Jeremy Barnum, na conferência que se seguiu à apresentação de resultados em janeiro. Mas não é caso único.
O Bank of America estará a considerar um reforço dos pagamentos tanto ao nível do salário-base como dos bónus, de acordo com informação interna a que a Bloomberg teve acesso.
O banco norte-americano pondera subir os salários dos cargos de chefia e de gestores da banca de investimento e mercados de 400 para 500 mil dólares por ano. Os diretores receberiam um reforço de 100 mil dólares por ano para 350 mil dólares. A este montante juntar-se-iam ainda os bónus anuais, que representa, habitualmente, uma compensação significativa para os profissionais do sector.