Arranca em Março próximo, no distrito de Nipepe, província do Niassa, a montagem dos equipamentos de uma fábrica de processamento de grafite. Os componentes para a montagem do complexo fabril no povoado de Mwichi, a cerca de seis quilómetros da vila-sede distrital de Nipepe, já se encontram no local, conforme deu a conhecer o administrador do distrito, Sérgio Igua.
Tal como avançou o “Jornal Notícias”, na edição desta quinta-feira (24 de Fevereiro), os materiais, cuja montagem deverá ser concluída antes do final do presente ano, foram importados da República Popular da China, tendo entrado no país através dos portos de Nacala e Quelimane, nas províncias de Nampula e Zambézia, respectivamente.
De acordo com o administrador de Nipepe, a fábrica de processamento de grafite, da empresa DH Mining Development Limited, de capitais chineses, vai empregar cerca de 500 trabalhadores, entre nacionais e estrangeiros na fase de laboração.
Segundo alguns estudos de prospecção e pesquisa do minério, concluídos há quatro anos, o jazigo de Mwichi conta com reservas estimadas em cinco milhões de toneladas de grafite puro, para além de outras quantidades que, entretanto, têm valor comercial menor no mercado internacional.
A fase experimental do processamento de grafite vai acontecer imediatamente a seguir à conclusão da montagem do complexo fabril, sendo que para alimentar a fábrica, está projectada a construção de uma linha de transmissão de energia eléctrica de alta tensão, com uma extensão de cerca de 100 quilómetros, a partir do cruzamento da estrada para o vizinho distrito de Maúa.
Como se sabe, o grafite é um mineral com diversas aplicações na indústria em geral, incluindo a produção de baterias e lápis, assim, para facilitar o escoamento do grafite para a exportação, a DH Mining Development tem, neste momento, um plano para o transporte de forma mais segura e menos onerosa do produto por via terrestre de Nipepe para o porto de Nacala, em Nampula.