Vários portais de instituições públicas e governamentais moçambicanas na Internet estiveram nesta segunda-feira (21 de Fevereiro) parcialmente inoperacionais, devido a um ataque cibernético, protagonizado por indivíduos ainda desconhecidos.
Horas depois, face a situação, o Instituto Nacional do Governo Electrónico (INAGE), confirmou a ocorrência do ataque, mas que o assunto já estava resolvido, acrescentando que desde o momento que se verificou o ataque, foram envidados esforços por parte do governo para reverter o cenário.
Ermínio Jasse, director-geral do INAGE explicou que para a resolução do problema, foi constituída uma equipa que começou a desenvolver trabalhos seguindo o protocolo que de segurança existente.
“Este ataque não se observou para todos os portais, mas sim para uma parte dos portais. Temos mais de 200 servidores em serviço, e foi atacado apenas um, e nós logo prontamente, também como medida de segurança e como o protocolo assim manda, desligamos na altura o servidor que ficou off-line o que criou alguma preocupação por parte de alguns cidadãos que tentaram aceder aos portais e não estavam acessíveis, mas neste momento o servidor está on-line, e os portais estão todos acessíveis”, disse Jasse.
Falando em conferência de imprensa extraordinária, o director tranquilizou ao firmar que não houve nenhuma perda de dados pessoais. – “O ataque que houve é um ataque que o atacante quando bem-sucedido entra na plataforma e modifica aquilo que é o conteúdo da plataforma e coloca uma imagem ou informação que vai culminar se possível com o resgate que consiste em pagar aquele atacante e recuperar a informação”, detalhou.
Portanto para este caso em especifico, Ermínio Jasse afirmou não ter havido a necessidade de pagamentos monetários, mas secundou que o governo recebeu muitas chamadas de propostas de pagamento para a recuperação da informação.
“Em relação aos danos, houve trabalho técnico e houve algum pânico que alarmou o país e por ser um dos poucos casos a acontecer, demandou um trabalho corrido. Ainda não sabemos quem são e onde estão, só depois dos trabalhos técnicos iremos encontrar as respostas, mas esta é uma situação global”, enfatizou.
Recordar que entre os alvos estão os portais do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), da Administração Nacional de Estradas, da Administração Regional de Águas do Sul ou do Instituto Nacional de Transportes Terrestres (INATTER).