A Agência para o Desenvolvimento Internacional norte-americana (USAID) anunciou esta quinta feira (17 de Fevereiro), um programa de formação em jornalismo de investigação para 50 jornalistas em Moçambique.
A iniciativa visa, segundo aquela agência, “abordar questões ambientais e económicas relacionadas com a gestão de recursos naturais” e ambiciona estabelecer “uma rede profissional de jornalistas dedicados à investigação em todo o país”, explica, em comunicado, a embaixada dos EUA em Maputo.
O programa dará ênfase específico ao apoio a jornalistas e meios de comunicação social em Cabo Delgado, Nampula, e Zambézia, províncias onde mais prevalecem projectos de exploração de recursos naturais, acrescenta.
“Ao fortalecer o jornalismo investigativo em Moçambique, este programa melhora a capacidade dos cidadãos moçambicanos de se envolverem activa e significativamente na governação e moldarem o futuro do país”, assinalou a directora de missão da USAID, Helen Pataki.
No seu mais recente estudo (publicado em Maio de 2021), o Instituto para a Comunicação Social da África Austral (Misa Moçambique) classificou 2020 como o ano em que foram registados mais casos de violação de liberdades de imprensa e de expressão no país, nos últimos cinco anos.
Em 2020, foram registadas 32 violações, incluindo o desaparecimento de um jornalista, Ibraimo Mbaruco, predominando as agressões físicas, com 10 casos, segundo o relatório sobre “O Estado das Liberdades de Imprensa e de Expressão”, que junta dados de 2019 e 2020 aos de anos anteriores.