Os três principais índices dos Estados Unidos começam o dia sem uma tendência unânime. Enquanto o industrial Dow Jones cede 0,4% para 34 585,32 pontos, o tecnológico Nasdaq aprecia 0,63% (13 856,71 pontos) e o S&P 500 tem uma alta muito ligeira, a valorizar 0,01%.
O optimismo visível no arranque de sessão na Europa, onde alguns índices chegaram a subir mais de 1%, não atravessou o Atlântico e, mesmo no velho continente, alguns índices já eliminaram os ganhos. A “earnings season” está a decorrer a bom ritmo, mas as contas não estarão a ser suficientes para acalmar os receios dos investidores ligados às movimentações da Fed e à subida das taxas de juro.
Com gigantes como a Alphabet ou a Meta a apresentar resultados esta semana, é para outra tecnológica, neste caso europeia, que se estão a virar as atenções. O Spotify está a valorizar 7,1%, a reagir em alta à recomendação do Citi, que passou os títulos da empresa sueca de “neutral” para “comprar”. Além disso, a empresa pôs também água na fervura após a polémica com o ‘podcast’ de Joe Rogan, anunciando que vai tomar medidas para combater a desinformação sobre o covid-19.
Este ‘podcast’, um exclusivo do serviço de streaming que terá custado ao Spotify 100 milhões de dólares, tem sido alvo de críticas por promover teorias da conspiração sobre o coronavírus e incentivar à não vacinação. Vários músicos, como Neil Young ou Joni Mitchell, criticaram o serviço de streaming por manter este podcast, pedido a remoção do respectivo catálogo da plataforma.
Além da recomendação para o Spotify, o Citi visa também a Netflix, elevando a recomendação de “neutral” para comprar. Assim, o serviço de streaming vê a acções subir 7,97%, depois dos momentos de desvalorização após ter apresentado resultados e um abrandamento no número de novos subscritores. Apesar de o número de subscritores ter aumentado, a subida foi a menor desde 2015.