O YouTube quer apoiar os criadores de conteúdos para que tirem partido do crescimento do mercado de NFT, um tipo de criptoativo, anunciou a CEO da plataforma, Susan Wojcicki, na sua carta anual.
“Também estamos a olhar para o futuro e a acompanhar tudo o que acontece na Web 3.0 como fonte de inspiração”, escreveu a CEO, referindo-se a um conceito que te sido usado para descrever o novo mundo online centrado nos criptoativos. “Estamos sempre focados em expandir o ecossistema do YouTube para ajudar os criadores a tirarem partido de tecnologias emergentes, incluindo coisas como os NFT”, acrescentou, sem dar mais detalhes.
A declaração surge uma semana depois de outras redes sociais, como o Twitter, Instagram e Facebook, anunciarem também a entrada neste mercado.
O Twitter lançou uma nova funcionalidade na quinta-feira, permitindo a alguns dos utilizadores definirem um NFT como imagem de perfil, de acordo com a CNN.
Já a Meta, proprietária do Facebook e Instagram, anunciou o desenvolvimento de uma funcionalidade semelhante, assim como o lançamento de uma plataforma própria para a compra e venda de NFT e respetiva criação, avançou o Financial Times.
NFT, que significa non-fungible tokens, são activos digitais coleccionáveis e únicos. A tecnologia veio permitir a propriedade de um ficheiro e tem sido mais associada a obras de arte, embora também permitam deter vídeos, textos, artefactos digitais em videojogos, entre outras coisas. Estes certificados de titularidade são guardados numa blockchain, a tecnologia por detrás de criptomoedas como a bitcoin e Ethereum.
No final de 2021, uma réplica digital do primeiro SMS do mundo foi leiloada como NFT por 107 mil euros, sendo que até agora, a transacção mais elevada foi a da obra “Everydays: The First 5,000 Days”, do artista Beeple, que foi vendida num leilão pelo equivalente a 58,4 milhões de euros.