A Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas (AMEPETROL) admitiu esta quinta-feira em comunicado que a subida do preço do petróleo se deve reflictir no mercado doméstico de combustíveis a partir de Fevereiro.
“A AMEPETROL informa que os níveis das reservas nacionais permitem manter a estabilidade do fornecimento doméstico até ao próximo mês de Fevereiro, altura em que os novos preços dos mercados internacionais se reflectirão nas importações nacionais”, lê-se no documento.
A associação sublinha que o crude tem atingido preços recorde relativamente aos últimos sete anos – cotando na casa dos 88 dólares por barril.
Em Moçambique, todo o combustível é importado e a regra de cálculo para os preços de venda ao público tem em conta o preço do barril de crude e a taxa de câmbio do metical, moeda moçambicana, prevendo actualizações sempre que haja variações superiores a 3%.
Os preços dos produtos petrolíferos no país subiram pela última vez em Outubro, entre 7% e 22%, e o ministro da Economia e Finanças disse na altura que o aumento ficou abaixo do que as regras de cálculo preveem.
Segundo referiu Adriano Maleiane, foi uma forma de para proteger a economia devido aos prejuízos causados pelo covid-19.
“Temos de fazer as coisas de forma gradual até estarmos de novo na fórmula”, disse, no parlamento.
Por outro lado, o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, considerou o aumento de Outubro inevitável (a actualização anterior tinha sido em Novembro de 2020 e em sentido descendente) devido à necessidade de evitar um colapso no sector.
Tonela explicou que algumas gasolineiras têm recorrido a financiamentos para suportar o prejuízo causado pela falta de ajustamento dos preços finais.
O gás de cozinha subiu em Outubro 22%, passando para 71,02 meticais por quilo, a gasolina subiu 10% para 69,04 meticais por litro e o gasóleo aumentou 7% para 61,71 meticais.