As bolsas europeias deverão abrir em território negativo. Os futuros apontam para que as bolsas do “Velho Continente” tenham sido influenciadas pelas palavras de Janet Yellen, secretária do Tesouro de Joe Biden, que manifestou total apoio à Reserva Federal norte-americana (Fed), caso seja necessário subir as taxas de juro para combater a inflação.
Desde o início do ano, as acções europeias estão a registar grande volatibilidade, sobretudo devido às expectativas crescentes de que a Fed venha a aumentar as taxas de juro em breve, para travar a inflação, que continua a não dar sinais de abrandar.
Os futuros das principais praças estão a negociar no vermelho, com especial destaque para o Stoxx 50, que está a afundar 1,84% e para o britânico FTSE que está a cair 1,34%.
“A menos de uma semana da reunião da Fed, os investidores estão preocupados com a possibilidade dos aumentos agressivos das taxas de juro. O mercado de ações está instável”, observou Kyle Rodda, analista de mercado da IG Markets, numa nota de “research”, publicada esta quinta-feira.
Yellen garantiu que “estou confiante que tomaremos as medias necessárias para combater a inflação ao longo de 2022”. Os mercados não aguentaram, e nem o otimismo em torno da continuação da “earnings season” das empresas europeias, que levou o bloco a terminar o dia de ontem no verde, salvou a negociação de futuros das principais bolsas.
Na Ásia, os mercados encerraram em baixo, acompanhando Wall Street que encerrou também em território negativo. A redução das taxas de juro, na área da habitação, por parte do banco central chinês não teve impacto nas bolsas asiáticas.
No Japão, o Nikkei caiu 1,47% e o Topix deslizou 0,59%; em Hong Kong o Hang Seng derrapou 0,29%. Na Coreia do Sul, o Kospi tombou 4,31%.