Bill Gates acredita que a pandemia do Covid-19 está a entrar na sua fase final e que após o pico da variante Ómicron o coronavírus passará a ser tratado como uma gripe comum.
Numa entrevista feita na terça-feira através do Twitter, com Devi Sridhar, presidente da Universidade de Edimburgo, Bill Gates afirmou que “agora que os países atravessam a vaga da Ómicron, os serviços de saúde vão ser desafiados”.
“A maior parte dos casos graves vão ser pessoas não vacinadas. Assim que a Ómicron passar por um país, então no resto do ano deverão haver muito menos casos, e, portanto, o Covid-19 poderá ser tratada como uma gripe sazonal”, afirmou o cofundador da Microsoft.
Bill Gates considera prioritário que se criem vacinas capazes de proteger a reinfeção por parte do coronavírus, e que sejam eficazes durante vários anos.
“As vacinas que temos previnem a doença severa e a morte muito bem, mas falta-lhes dois fatores importantes. Primeiro, [as vacinas] ainda permitem infeções (surtos) e a sua duração parece ser limitada”, explicou à presidente da Universidade de Edimburgo.
O milionário aproveitou ainda para dar a sua opinião e relação às teorias que o envolvem, e que o colocam no centro de um plano que consiste na inserção de chips nos braços das pessoas através das vacinas. “As pessoas como tu, eu e Tony Fauci têm sido alvo de bastante desinformação. Não estava à espera. Como [dizerem que] coloco chips em braços, não faz sentido para mim — porque é que o faria?”
Em Setembro De 2020, numa entrevista realizada pela Fox News, Bill Gates tinha previsto que a pandemia terminaria em 2022. O cofundador da Microsoft é ainda um dos líderes, em conjunto com a sua ex-mulher, Melinda Gates, da fundação de filantropia Bill & Melinda Gates Foundation.
Segundo a Quartz, a fundação é a segunda maior contribuidora para a Organização Mundial de Saúde, atrás apenas da Alemanha. Em 2021, a fundação doou 680 milhões de euros, tendo o país da Europa doado mil milhões de euros. Os Estados Unidos da América, em terceiro na lista de maiores contribuidores, cederam 637 milhões de euros à Organização Mundial de Saúde.
A Bill & Melinda Gates Foundation iria investir, segundo a Reuters, em outubro do ano passado, 105 milhões de euros para o desenvolvimento de genéricos do medicamento Merck, o comprimido oral que serve de tratamento ao Covid-19.