Os principais índices bolsistas norte-americanos abriram em baixa, com o sentimento dos investidores ainda a ser penalizado pelos novos sinais que apontam para uma possível subida dos juros diretores já em Março.
O índice industrial Dow Jones segue a ceder 0,92% para 35 783,06 pontos. No passado dia 5 de Janeiro tocou num nível nunca antes atingido, nos 36 952,65 pontos.
O Standard & Poor’s 500, por sua vez, recua 0,61% para 4 630,78 pontos. Na negociação intradiária de 4 de Janeiro atingiu o valor mais alto de sempre, nos 4 818,62 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,35% para se fixar nos 14 754,58 pontos, depois de ontem ter fechado a cair 2,51%. No passado dia 22 de novembro, recorde-se, atingiu um máximo histórico nos 16 212,23 pontos.
As tecnológicas continuam a ser as mais pressionadas por um novo sinal a favor de uma subida dos juros para breve.
A número dois da Reserva Federal norte-americana, Lael Brainard, assegurou esta quinta-feira que o banco central está pronto para aumentar as taxas de juro já em março, caso a medida seja imprescindível para combater a inflação.
Esta posição está em linha com o que disse o presidente da Fed na passada terça-feira perante o Senado. Jerome Powell afirmou, na sua audiência de reconfirmação no cargo, que a Reserva Federal irá conseguir fazer baixar a inflação enquanto a economia norte-americana recupera.
Powell sinalizou também que o banco central deverá começar a reduzir o seu balanço este ano – algo que já tinha ficado implícito na semana passada, aquando da divulgação das atas da última reunião de política monetária da Fed.
O presidente da Fed declarou ainda que não hesitará em agir se necessário para conter as pressões sobre os preços. “Se tivermos de subir as taxas de juro mais vezes, ao longo do tempo, é o que faremos”, sublinhou.
Hoje foi divulgado que as vendas no retalho caíram 1,9% em Dezembro, face ao mês anterior, já com a correção das oscilações sazonais. Foi a primeira queda desde o verão, em muito devido ao aumento de casos de infecção pela variante ómicron do coronavírus no país.
Em Julho, que tinha sido o último mês em que as vendas no retalho tinham descido, essa queda coincidiu com o aumento de contágios pela variante delta.