As acções dos fabricantes de grafite tornaram-se atractivas com o surgimento de relatos de que esta matéria-prima, em que Moçambique é o segundo produtor a nível mundial, é escassa numa altura de forte procura.
A grafite é, como se sabe, um componente-chave necessário para a produção de baterias de lítio e, além disso, os eléctrodos de grafite são utilizados na produção de aço e alumínio.
Existe uma enorme procura global de baterias de lítio do sector automóvel, uma vez que o mundo está a mudar rapidamente para a mobilidade verde para combater as alterações climáticas. A esse respeito, ainda recentemente, a Tesla de Elon Musk anunciou ter planos para usar a grafite de Moçambique para se tornar na primeira fonte de fornecimento dentro dos Estados Unidos (de ânodo de grafite) para a indústria dos veículos eléctricos e de produção de de baterias de lítio, sendo que o acordo confirma confirma precisamente a grafite de Moçambique (mina de Balama, operada pela australiana Syrah Resources Limited em Cabo Delgado) como um produto de “importância estratégica para o uso nas novas energias.”
Em consonância com a crescente procura de grafite por parte dos fabricantes de automóveis, no meio da sua aparente escassez, as acções das empresas que lidam com a sua produção têm sido alvo de crescente procura. As acções cotadas de empresas de grafite indianas, por exemplo, aumentaram 56% no último quartil de 2021, enquanto que a HEG cresceram 84% durante o mesmo período.
Mas o crescimento torna-se, de facto, exponencial, se alargarmos o período em análise aos últimos cinco anos, e aí vemos as acções da Graphite India a subirem 446 por cento, enquanto que as da HEG uns impressionantes 885 por cento.
E a Índia é só um exemplo de um mercado que deverá atingir os 25,70 mil milhões de dólares anuais até 2028, de acordo com o recentemente divulgado Global Graphite Industry Share, Growth, Value, Outlook and Forecast Report, lançado pela Fortune Business Insights™.
A dimensão do mercado global de grafite era de 13,60 mil milhões de dólares em 2020. Com base na análise, prevê-se que vá crescer dos 14,83 mil milhões registados em 2021 para 25,70 mil milhões de USD em 2028 a uma taxa anual de 8,2% durante este período de oito anos.
A China é o maior produtor de grafite, seguida de Moçambique e do Brasil, segundo as estatísticas.