De acordo com o primeiro relatório do Índice Global do Crime Organizado, referente a dados de 2020, a Ásia é o continente com o nível mais elevado de crime organizado no mundo. Em segundo lugar, e com uma diferença apenas ligeira, está África.
No continente africano, o país que lidera o Índice é a República Democrática do Congo. Por ordem de posição no ranking, seguem a Nigéria, a República Centro-Africana, o Quénia, a África do Sul, a Líbia, Moçambique, o Sudão, o Sudão do Sul e os Camarões.
O Índice é da autoria da Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional, uma organização não governamental internacional com sede em Genebra, Suíça, que desenvolve estratégias e propõe respostas inovadoras ao crime organizado. Esta é a primeira ferramenta do género e inclui todos os Estados membros das Nações Unidas (193 países), que foram avaliados também quanto à “sua resistência às actividades criminosas organizadas”.
O relatório analisa ainda “a omnipresença dos mercados criminosos nos países, a dinâmica dos actores criminosos e a eficácia dos Estados na criação de mecanismos de defesa”.
Com base nestes dados, “a cada país é atribuída uma pontuação de um a dez. Quanto mais próximo estiver um país da pontuação máxima, mais elevados são os seus níveis de criminalidade organizada, que podem incluir tráfico de seres humanos, tráfico de armas, tráfico de droga, etc.”.
Com uma pontuação de 5,17 em 10, África está em 2º lugar atrás da Ásia (com 5,30/10). As Américas têm 5,06 pontos, a Europa 4,48 e a Oceânia 3,07.
Entre as principais conclusões do relatório está o facto de “mais de três quartos da população mundial viverem em países com altos níveis de criminalidade e com baixa resiliência ao crime organizado”.