O empresariado moçambicano “deve reforçar a sua aposta no investimento em projectos de energia” e participar no concurso internacional para a selecção do parceiro estratégico para o Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa.
O apelo foi feito esta segunda-feira, em Maputo, pelo Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, quando dirigia a cerimónia de lançamento de um concurso público internacional, que visa seleccionar um parceiro estratégico para o projecto da hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa.
Tonela clarificou que o Governo de Moçambique está à procura de um investidor estratégico para desenvolver o projecto de Mphanda Nkuwa, em parceria com as empresas Electricidade de Moçambique (EDM) e Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), como representantes do sector público nacional.
O ministro referiu que Mphanda Nkuwa é parte do Plano Director Integrado de Infra-estruturas Eléctricas, que define as principais prioridades de investimento do sector, com base em projecções de crescimento da procura de energia num horizonte de 25 anos.
Este projecto estruturante terá um papel fundamental para o alcance da visão do Governo de providenciar o acesso universal à energia, estimular a industrialização e a diversificação da matriz energética nacional, garantir segurança de fornecimento de energia de qualidade ao menor custo e fortalecer a posição de Moçambique como um pólo energético regional.
“No mesmo contexto, assistimos com agrado, na passada quarta-feira, ao fecho financeiro que vai permitir o arranque da construção da Central Térmica de Temane, de 450 MW, a partir de Janeiro de 2022”, sustentou Tonela.
Para o governante, Mphanda Nkuwa será também um elemento fundamental no processo de transição energética de Moçambique e da região, surgindo igualmente,
Para o governante, Mphanda Nkuwa será também um elemento fundamental no processo de transição energética de Moçambique e da região, surgindo igualmente, com a provisão de energia limpa, como importante solução de mitigação das alterações climáticas. A visão do sector, continuou Tonela, é de longo prazo, “pelo que o Governo continuará a adoptar medidas que visam impulsionar o fortalecimento da participação do sector privado e a proposta de revisão da Lei de Electricidade”.
Por seu turno, a directora do Banco Mundial, Idah Z. Pswarayi-Riddihough, declarou que a energia está no cerne do desenvolvimento: “O acesso à electricidade torna as comunidades mais seguras, ajuda as pequenas empresas a prosperar e fornece serviços básicos essenciais, como educação e saúde”, disse. Além disso, “também ajuda a tornar o ambiente propício para investimento, inovação e o surgimento de novas indústrias, que podem estimular o crescimento e criar empregos”.
Com uma barragem a fio de água, o projecto de Mphanda Nkuwa estará localizado a 61 quilómetros de Cahora Bassa, no rio Zambeze, província de Tete, com uma capacidade de instalada de produção de energia não inferior a 1300 Megawatts, dos quais 760 serão de capacidade firme.