Uma nova fundação criada pelo KfW irá disponibilizar um mecanismo de atracção de investimento por forma a alargar o alcance da rede de abastecimento de energia limpa a mais 350 mil em Moçambique.
O banco de desenvolvimento estatal alemão criou, para o efeito, a “Fundação Clean Energy and Energy Inclusion for Africa” para adquirir e instalar mini-redes africanas e para oferecer incentivos de subvenções a empresas para investir em energias renováveis africanas.
Com um orçamento inicial de 55,4 milhões de dólares (49 milhões de euros), o fundo de energia limpa concederá subvenções para a instalação de mini-redes e produtos de geração distribuída, tais como sistemas solares domésticos e luzes solares, arrefecimento, moinhos e bombas.
Tendo o Banco Mundial estimado que serão necessários até 12 mil milhões de dólares para criar mini-redes em África durante a próxima década, o fundo alemão disse que se “associará a financiadores de fundos públicos, tais como o Trine da Suécia, para obter instalações e produtos solares distribuídos.”
A fundação Clean Energy and Energy Inclusion for Africa pretende apoiar pelo menos 190 mini-redes com uma capacidade total de geração de quase 17 MW.
O KfW já está empenhado num programa de 23,5 milhões de euros em nome do Ministério Federal Alemão do Desenvolvimento, para instalar mini-redes em Moçambique que irão alimentar pelo menos 7.000 casas e empresas rurais, em alguns casos fornecendo electricidade pela primeira vez. Esta linha de financiamento chama-se “Energia Verde Cidadã para África”.
O novo fundo KfW tem como objectivo oferecer a mais de 350 mil pessoas o acesso a electricidade limpa. Suíça e a Austrália já manifestaram interesse em aderir à fundação e apoiarem a iniciativa.