A angariação de fundos por startups africanas deverá atingir 5 mil milhões de dólares em 2021, um montante superior ao valor angariado nos três anos anteriores combinados, de acordo com uma previsão da indústria publicada na Bloomberg.
Dario Giuliani, um director da Briter Bridges Intelligence, uma empresa sediada em Londres que acompanha os investimentos em startups africanas, fala de “um salto significativo” que reflecte em parte um maior interesse em África por parte dos investidores dos EUA e da China. Mas também alguns grandes bancos estão cada vez mais presentes neste tipo de investimento em novas empresas, especialmente as tecnoógicas, explicava Nina Triantis, directora global de telecomunicações e meios de comunicação social do Standard Bank Plc, que discursou na Cimeira da Africa Tech, em Londres, esta semana.
“Estamos a assistir à chegada da era do ecossistema, é realmente um novo tempo”, complementa Kola Aina, uma investidora da Lagos, Plataforma de Empreendimentos Ventures sediada na Nigéria, falando na conferência.
O aumento dos influxos, em parte devido ao interesse dos investidores em negócios de tecnologia financeira em África, ajudou a entregar pelo menos quatro dos chamados unicórnios, empresas que valem mais de mil milhões de dólares, em África este ano. Entre estas, estão Andela, Flutterwave e OPay.
Ainda assim, no meio de toda esta nova dinâmica, “continua a ser mais difícil para as mulheres assinar acordos de financiamento”, lamenta Odunayo Eweninyi, co-fundador da empresa nigeriana PiggyVest.