Itália anunciou um financiamento de três milhões de euros para projectos de investigação relacionados com ecossistemas e biodiversidade da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). O valor será aplicado no reflorestamento de mangais na estação de biomarinha da ilha de Inhaca e para o fortalecimento das redes de laboratórios de investigação da UEM.
É mais uma acção dos dois países, Moçambique e Itália com vista ao cumprimento das decisões mundiais sobre a preservação do meio ambiente e combate as mudanças climáticas. A Itália é por excelência parceiro da Universidade Eduardo Mondlane, onde estão em carteira mais de 20 projectos na área de cooperação.
“Tenho a honra de informar que no princípio deste mês foi oficialmente aprovado o financiamento de três milhões de euros para o programa de preservação dos ecossistemas para o desenvolvimento sustentáve, que terá o seu foco principal a ilha de Inhaca, apoiando directamente a estação biológica e marinha de Inhaca, através de uma parceria com a Universidade Sapienza de Roma”, disse Luca Maestripieri, o Director-Geral da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS).
Luca Maestripieri disse que a parceria contempla também a componente de formação aos estudantes moçambicanos. “E na óptica de fortalecer os recursos humanos, incluímos a componente de formação através de cursos, estágios para os estudantes e apoio na pesquisa relacionadas aos mangais”, disse.
A parceria entre a Universidade Eduardo Mondlane e diversas academias italianas remonta a 1987, sendo de relembrar que Itália tem a participação na Faculdade de Arquitectura e contribuiu para a graduação de mais de 200 graduados. Segundo o reitor da UEM, a universidade pública precisa de reforço financeiro para complementar projectos de formação. “Embora muitos projectos tenham tido os resultados esperados, a UEM ressente-se ainda da necessidade de financiamento para garantir a continuidade da qualidade académica reforço da eficiênciados cursos e programas de ensino e reforço da oferta formativa, pelo que aguardamos com alguma expectativa a transferência da última prestação financeira prevista no programa por forma a permitir a contratação da assistência técnica e dar continuidade às actividades previstas”, salientou o reitor Orlando Quilambo.
“O nosso apoio priviligia uma abordagem baseada na investigação científica para a conservação da biodiversidade porque acreditamos que a faculdade dos centros de investigação sejam os polos onde se forma e se transmite conhecimento para os decisores de amanhã”, defendeu Luca Maestripieri, durante a assinatura do memorando entre o Director-Geral da Agência Italiana de Cooperação para Desenvolvimento e o reitor da Universidade Eduardo Mondlane.