O Banco de Moçambique volta a ter “mão pesada” para com o sector financeiro nacional, e agora foram sete as instituições visadas: BCI, African Banking Corporation (BancABC), Standard Bank Moçambique, First Capital Bank, Socremo, Bayport Financial Services Moçambique e a Cooperativa de Crédito das Mulheres de Pemba.
A maior multa vai para o BancABC (agora detido pelo Access Bank), sancionado por sete infracções sendo penalizado com uma multa de 64,4 milhões de meticais, a única maior que a aplicada ao BCI.
O Banco Comercial e de Investimentos (BCI) foi multado em 53 milhões de meticais por violação de quatro deveres, estando em causa, de acordo com o comunicado do Regulador, o “dever de identificação e verificação de clientes, bem como da vigilância contínua das relações de negócio”, o “controlo especial das transacções”, a par “do dever de conservação de documentos” e de “comunicação de transacções suspeitas”, lê-se no comunicado do banco central. Os factos dizem respeito ao período de 2013 a 2018.
BCI, African Banking Corporation (BancABC), Standard Bank Moçambique e First Capital Bank terão, na visão do Banco Central, infringido a regulamentação sobre a prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, enquanto que a Bayport Financial Services Moçambique e a Cooperativa de Crédito das Mulheres de Pemba terão desrespeitado o quadro regulatório das instituições de crédito e sociedades financeiras.
Segundo o Banco de Moçambique, no mesmo período, foram também aplicadas sanções a quatro sociedades financeiras a operar no país (Mundo de Câmbios, Carteira Móvel, Casa de Câmbios de Xai-Xai e M-Mola) e nove operadores ilegais, no caso, empresas singulares.