Pfizer, BioNTech e Moderna prosseguem a manhã a negociar em alta depois terem sinalizado actualizações à vacina contra o covid-19 devido à variante Ómicron.
As três principais farmacêuticas responsáveis pela produção de vacinas contra o covid-19 prosseguem a manhã desta segunda-feira a negociar em alta depois da Moderna e da Pfizer terem anunciado que conseguem ter prontas no próximo ano actualizações às respetivas vacinas já preparadas para a variante Ómicron.
Enquanto que os títulos da Pfizer valorizam 14% para 54 dólares, a farmacêutica com quem desenvolveu em parceria a vacina contra o covid-19, BioNTech cresce 14,19% para 348 dólares. A dupla espera ter uma nova versão do fármaco pronto “dentro de cem dias”, caso tal seja necessário.
Os maiores ganhos são da Moderna que vê as acções avançarem esta segunda-feira mais de 20% para 329.63 dólares, apesar da farmacêutica já ter admitido que a nova variante apresenta um risco à efectividade da vacina.
“A variante (Ómicron) inclui mutações observadas na variante Delta que se acredita aumentar a transmissibilidade e mutações observadas que promovem escape imunológico. A combinação representa um risco potencial significativo para acelerar o declínio da imunidade, induzido por vacinas”, afirma a Moderna, em comunicado, esta segunda-feira.
Ainda assim, a farmacêutica norte-americana afirma estar confiante de que poderá ter uma nova vacina “pronta no início de 2022”, caso tal seja necessário. Com a variante detectada na África do Sul a fazer subir o número de casos e a deixar as autoridades de saúde em estado de alerta, a empresa terá mobilizado centenas de funcionários no feriado do Dia de Ação de Graças para começar a trabalhar num fármaco contra esta variante.
Em linha com a valorização, surgem também os títulos da AstraZeneca. A farmacêutica britânica valoriza 0,45% para 56 dólares. A única que contraria a tendência é a Johnson & Johnson, responsável pela vacina de toma única, que vê as acções a deslizarem 0,65% para 159 dólares.
Na passada sexta-feira, 26 de Novembro, altura em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que a variante Ómicron é uma “de preocupação”, as bolsas em todo o mundo caíram a pique.