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O governo britânico aconselhou os seus cidadãos a deixarem a Etiópia imediatamente à medida que a guerra do governo com os rebeldes da região de Tigray se aproxima de Adis Abeba, avisando que é “provável que se torne muito mais difícil deixar a Etiópia nos próximos dias.
“O conflito tem potencial para escalar e alastrar rapidamente”. O FCDO [Foreign, Commonwealth and Development Office] aconselha contra todas as viagens à Etiópia, excepto ao aeroporto internacional de Addis Abeba Bole, devido ao risco do conflito se alastrar a novas áreas sem aviso prévio”, diz a página oficial do governo britânico de conselhos de viagem da Etiópia.
Nas últimas semanas, as forças rebeldes da Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF) e seus aliados fizeram progressos em direcção a Adis Abeba, numa tentativa de retirar o governo do primeiro-ministro Abiy Ahmed após um conflito sangrento marcado por massacres étnicos, fome e a morte de dezenas de milhares.
A 23 de Novembro, Ahmed prometeu que liderará o exército do seu país na frente de batalha, a última de uma série de mensagens agressivas do líder outrora galardoado com o Prémio Nobel da Paz.
“Deixar já a Etiópia”
No início de Novembro, a Etiópia foi um dos três países africanos a ser suspenso da Lei Africana de Crescimento e Oportunidade (AGOA) dos Estados Unidos devido ao que o Presidente Joe Biden disse serem “graves violações dos direitos humanos internacionalmente reconhecidos”.
A ministra britânica para África, Vicky Ford, afirmou: “O conflito na Etiópia está a deteriorar-se rapidamente. Nos próximos dias poderemos ver os combates aproximarem-se de Adis Abeba, o que poderá limitar severamente as opções para os cidadãos britânicos deixarem a Etiópia.
“Insto todos os cidadãos britânicos – independentemente das suas circunstâncias – a partirem imediatamente, enquanto os voos comerciais estão facilmente disponíveis e o Aeroporto Internacional de Addis Abeba Bole permanece aberto. Estão disponíveis empréstimos sem juros para ajudar os cidadãos britânicos a regressar ao Reino Unido, que de outra forma poderiam ter dificuldades em pagar os voos.
“Aqueles que optarem por não partir agora devem fazer preparativos para se abrigarem num local seguro durante as próximas semanas. Não podemos garantir que haverá opções para deixar a Etiópia no futuro”.
