O ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, anunciou que o Executivo está a estudar com a Total a data de retoma das operações. Em causa, a melhoria da segurança provocada pela acção de forças conjuntas de Moçambique, Ruanda e SADC no norte de Moçambique.
Max Tonela, que falava após a audiência concedida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, aos representantes das empresas Galp e Mitsui, afirmou que se pretende garantir “uma situação de segurança sustentável que permita a retoma dos projectos de investimento previstos para a Área 1.”
“Já há acções em curso entre o governo e os parceiros da Área 1. Tivemos, há pouco tempo, encontros com a Total e com a ENI, hoje estivemos com a Galp e também com a Mitsui… As perspectivas apontam para que até ao final do ano tenhamos definidas as condições para decidir sobre a retoma do projecto”, disse o ministro.
Max Tonela entende que o sucesso das forças de Defesa e das suas aliadas do Ruanda e da SADC no combate à violência extrema em Cabo Delgado está a devolver gradualmente a confiança aos investidores. “A questão de base é que estão satisfeitos com os progressos, mas queremos todos uma situação de segurança sustentável que permita que todos os projectos de investimento programados para aquela área possam ocorrer”, acrescentou.
O ministro dos Recursos Minerais e Energia disse, ainda, que os consórcios petrolíferos que operam na bacia do Rovuma estão a negociar formas de parceria para a redução de custos e maximização de ganhos. “O trabalho que está em curso entre as concessionárias das áreas 1 e 4 não tem em vista a compra de participações, tem em vista identificar áreas de parceria, com vista a minimizar ou reduzir os custos globais destes investimentos”, afirmou.
Além da Área 1, a cargo do consórcio liderado pela francesa Total, a Área 4 da bacia do Rovuma está concessionada a um consórcio liderado pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma “joint venture” que congrega ExxonMobil, ENI e CNPC com 70%, e ENH, KOGAS e GALP com 10% de participação.