O ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Max Tonela, assegurou hoje que o Governo “terá em conta a capacidade de mitigação das alterações climáticas na selecção de empresas petrolíferas” interessadas nos projectos de hidrocarbonetos no país.
O ministro falava no lançamento do sexto concurso internacional para o licenciamento de áreas para a pesquisa e produção de petróleo e gás.
“Estamos totalmente comprometidos em realizar um processo aberto e transparente, que permita a seleção de investidores mediante critérios baseados na capacidade técnica, robustez financeira, experiência comprovada no desenvolvimento de projectos de petróleo e gás e que adoptem medidas de mitigação das alterações climáticas”, disse.
O governante sublinhou a “era de transição energética” e, por isso, enfatizou o papel gás natural que irá desempenhar um papel instrumental para acompanhar a massificação das energias renováveis. “Pretendemos continuar a promover a pesquisa e prospeção de recursos naturais de modo a alavancar o desenvolvimento social e económico do nosso país e para promover melhores condições de vida à nossa população”, frisou Max Tonela.
Max Tonela observou que a pesquisa e prospeção de hidrocarbonetos “é um trabalho demorado pela sua natureza” e que o concurso hoje lançado abrange 16 áreas em águas profundas das regiões do Rovuma, Angoche, Zambeze e Save, numa extensão de 92 mil quilómetros quadrados.
A bacia do Rovuma, sob o fundo oceânico em alto mar ao largo da costa de Cabo Delgado (norte do país), já tem áreas atribuídas. Algumas das maiores reservas de gás do mundo foram ali descobertas e vão começar a ser exploradas em 2022. Os resultados do novo concurso, hoje lançado, serão anunciados daqui por um ano.