Os produtores de café em Moçambique acabam de anunciar a criação de uma associação com objectivo de colocar o país na lista dos grandes produtores de África. Designada AMOCAFE- Associação Moçambicana de Cafeicultores, a associação pretende tornar esta cultura num negócio rentável para as famílias moçambicanas bem como expandi-lo por todo território nacional.
“A AMOCAFE nasceu da união das empresas pertencentes a indústria do café e produtores que se dedicam ao cultivo do café em Moçambique. Até o momento, contamos com 11 associados, que estão constantemente à procura de juntar esforços para dinamizar a produção desta cultura de rendimento”, conta Jenaro Lopez, membro da associação.
Embora o país não esteja presente na lista dos grandes produtores mundiais de café, esta associação considera que a produção de café no território nacional pode ser considerada uma alternativa de renda para muitas famílias.
Segundo os produtores o país dispõe de excelentes condições agroecológicas em toda a sua extensão para produzir os principais cafés mais consumidos no mundo: o café arábica e o Robusta. O café arábica pode ser cultivado nas provincias de Sofala, Manica, Tete, Zambézia e Niassa, visto que contam com uma altitude favorável para esta cultura. Já o café robusta pode ser cutivado nas mesmas provincias e outras de menor altitude.
A associação pretende incentivar às famílias moçambicanas através de programas de fomento, formação de produtores e técnicos agrários locais e desenvolver uma “marca” de Café Moçambicano para alcançar os mercados internacionais.
“Queremos também, dialogar junto ao Governo para a adopção desta cultura de rendimento na matriz das culturas que promovem o crescimento económico do país e das famílias moçambicanas, assim como o desenvolvimento de uma cadeia de valor forte que contribua para equilíbrio da balança comercial, atraindo mais divisas para Moçambique. Um dos nossos objectivos é colocar Moçambique no mapa dos produtores de café”, sublinha Jenaro Lopez.