Um montante de 100 milhões de dólares será investido nos próximos cinco anos em projectos de melhoria de infra-estruturas urbanas nas províncias de Nampula e Cabo Delgado.
O investimento, do Banco Mundial, visa responder aos desafios do crescimento acelerado nas cidades da região norte do país, num contexto em que a vulnerabilidade e ataques terroristas forçaram a movimentação de pessoas.
De acordo com as directrizes do projecto, a população rural está a se deslocar cada vez mais para os aglomerados urbanos, em busca de melhores oportunidades económicas e acesso aos serviços básicos.
O fenómeno ocorre também em cidades próximas às zonas ricas em recursos naturais e ao longo dos corredores de transporte, formando um sistema maior de cidades e fortalecendo as ligações urbano-rurais.
“Estima-se que cerca de 324 mil pessoas poderão beneficiar de infra-estruturas urbanas e serviços básicos, das quais 162 mil são mulheres. Cerca de 40 500 pessoas poderão beneficiar da melhoria das condições das suas habitações”, refere.
O projecto, a ser implementado pelo Fundo para o Fomento de Habitação (FFH), vai beneficiar, na primeira fase, as cidades de Nacala-Porto e Nampula, na província de Nampula, e Montepuez e Pemba, em Cabo Delgado.
“A iniciativa, que prevê uma integração com outros projectos em curso na região, irá fortalecer o capital humano e as principais instituições económicas e sociais, bem como mitigar os impactos do conflito no desenvolvimento de médio prazo”, lê-se.
Espera-se que o Projecto de Desenvolvimento Urbano do Norte de Moçambique (PDUNM) focalize as intervenções na construção e melhoria de infra-estruturas e serviços municipais, gestão de terra e habitação, bem como em políticas urbanas e fortalecimento institucional.
Na área de infra-estruturas, o investimento consistirá na construção e reabilitação de vias de acesso, sistemas de drenagem e abastecimento de água, centros de saúde, espaços para a implantação de mercados e apoio às actividades económicas.
No âmbito da melhoria da gestão de terra e habitação, prevê-se a provisão de kits de construção para a edificação de habitações resilientes, módulos de casas evolutivas e disponibilização de terra infra-estruturada.