A Agência Metropolitana de Transportes de Maputo (AMT) informou que nova tarifa dos transportes públicos de passageiros na área metropolitana de Maputo será anunciada próxima semana.
A subida de preços parece inevitável depois que a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) veio a público propor o agravamento da taxa de transporte rodoviário no país como consequência do recente reajuste dos preços dos combustíveis.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Agência Metropolitana de Transportes de Maputo (AMT), António Matos, “o custo será estipulado tendo em conta o impacto do Covid-19 na renda familiar”. A informação foi avançada ontem no lançamento do inquérito de mobilidade.
Matos explicou que, neste momento, decorrem negociações com a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) e instituições governamentais para a determinação dos novos preços de transportes urbanos.
“A nova tabela será determinada tendo em conta a responsabilidade social, isto é, vamos observar o actual cenário para perceber quantos meticais as famílias gastam diariamente por transporte e até que ponto podem suportar um certo valor”, garantiu.
O PCA da AMT justificou as novas tarifas, afirmando que “há cerca de cinco anos que o preço dos transportes públicos de passageiros não é actualizado.”
Sobre o inquérito de mobilidade na área metropolitana de Maputo, ontem lançado, António Mato explicou que o mesmo “visa melhorar, a médio e longo prazos, a mobilidade de pessoas e bens, assim como reduzir as emissões de gases com feitos de estufa, através da criação de um sistema de transporte mais cómodo.Um sistema de transporte que agrada à maior parte das pessoas pode reduzir o número de circulação de viaturas particulares e, consequentemente, minimizar problemas de tráfego e poluição do ambiente”, sublinhou.
O inquérito terá três variantes: a domiciliar, que procurará saber como as pessoas viajam e quantas famílias usam meios próprios; a dos transportes, que tenta perceber como operam os transportadores; e, por último, a de viagens, que questiona como as deslocações para fora da cidade são efectuadas.
“É através deste estudo que iremos desenvolver um plano que garanta um sistema de transporte sustentável, a ser implementado junto dos parceiros”, concluiu.