Moçambique vai lançar no primeiro trimestre de 2022 o projecto de massificação de gás natural de cozinha, também designado por GPL.
Se as convenções ambientais assinadas com as Nações Unidas indiciam um caminho mais sustentável ao nível do consumo energético, por outro, existe a vontade por parte do Executivo de aumentar o número de utilizadores de gás de cozinha por ser eficiente e barato.
As projecções do Governo indicam que o projecto de massificação do GPL está numa fase avançada e poderá ser lançado no primeiro trimestre de 2022. “Estamos a preparar as condições para o seu lançamento oficial e queremos avançar que é nossa preocupação fazer com que mais moçambicanos tenham uma fonte de combustível alternativo”, disse o director nacional de hidrocarbonetos e combustíveis, Moisés Paulino.
Actualmente decorrem actividades de fecho de aspectos burocráticos que incluem a preparação do tipo de botija e seu custo. Com o projecto em pleno funcionamento, o número de utilizadores de gás de cozinha deverá passar, de acordo com as previsões governamentais, dos actuais cinco milhões para 15 milhões, até 2030. “A nossa perspectiva é que numa primeira fase, com a implementação deste programa, passaremos ao enchimento de cerca de 27 mil botijas”.
No entanto, para atingir tal objectivo, o Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) necessita de 100 milhões de dólares para a efectivação do projecto. “Há muito interesse por parte dos parceiros de cooperação, estamos a falar do Banco Mundial e outras organizações, para além do esforço do próprio Governo”.
Actualmente, o país dispõe de apenas duas unidades de enchimento de gás de cozinha para duas mil botijas, respectivamente.
Utilização de gás doméstico estará directamente relacionada com o início dos projectos de produção de LNG na Bacia do Rovuma, que colocará o País entre os 13 países com as maiores reservas de gás natural do mundo e na terceira maior reserva do Continente Africano.