Investigadores da Escola Politécnica de Lausanne (EPFL), na Suíça, lançaram este mês um software de código aberto que permite visitas virtuais ao Espaço.
O Virtual Reality Universe Project (VIRUP) utiliza o maior conjunto de dados do Universo para criar visualizações tridimensionais panorâmicas do Espaço.
O mapa virtual – que é uma espécie de Google Earth, mas para o Universo – pode ser observado através de equipamento individual de realidade virtual, sistemas imersivos como cinema panorâmico com óculos 3D, ecrãs em forma de cúpula ao estilo planetário ou num computador (para uma observação bidimensional).
“É possível navegar pelo mapa mais detalhado do Universo a partir do conforto da sua própria casa”, conheça o “Google Earth” do Espaço explicou Jean-Paul Kneib, director do Laboratório de Astrofísica da EPFL (LASTRO), citado pelo EurekAlert. “É a oportunidade de viajar através do Espaço, através do tempo, e descobrir o Universo.”
O projecto reúne informações de oito bases de dados com pelo menos 4.500 exoplanetas conhecidos, dezenas de milhões de galáxias, centenas de milhões de objectos espaciais e mais de 1,5 mil milhões de fontes de luz só na Via Láctea.
Já quanto a potenciais dados, o céu é literalmente o limite: as futuras bases de dados vão poder incluir asteróides no nosso Sistema Solar ou objectos como nebulosos e pulsares mais distantes na galáxia.
Com o lançamento do VIRUP surge também um pequeno filme intitulado “virtual”, uma viagem pelo Universo virtual tornada possível graças ao software. O filme de 20 minutos parte da Terra e traça uma viagem através das várias escalas do Universo, desde o nosso Sistema Solar, à Via Láctea, passando pela teia cósmica e pela luz do Big Bang.
É possível o filme em 2D, em 360° e em stereo 180° no YouTube. Se tiver acesso a um ambiente de realidade virtual, pode mergulhar na “Arqueologia da Luz”.
O VIRUP é gratuito para todos, embora requeira pelo menos um computador e seja melhor visualizado com recurso a realidade virtual.