A produção de caranguejo no país baixou em 28,3% entre Janeiro e Setembro de 2021, em relação ao ano passado. A informação foi avançada esta quinta-feira pela Administração Nacional da Pesca, que anunciou a veda da captura de camarão e caranguejo de 1 de Novembro a 31 de Março de 2022.
Segundo a Administração Nacional da Pesca, a cifra do caranguejo em 2021 foi de 6 019 toneladas em relação a de ano passado, que foi de 8 400 toneladas.
Conforme explicou o director nacional da Pesca, Cassamo Júnior, esta redução deu-se por causa do incentivo à prática de aquacultura, o que fez com que boa parte de operadores abandonasse a captura das espécies.
O responsável aponta, a título de exemplo, que das 21 licenças concedidas a operadores pesqueiros em 2020, 12 optaram pela produção do caranguejo em cativeiro neste ano.
“Esta ligeira redução acontece, mormente, à luz da obrigatoriedade das empresas pesqueiras apresentarem projectos da aquacultura, daí que parte delas deixou de operar nos moldes tradicionais para a criação das espécies em cativeiro”, afirmou Casso Júnior, citado pelo “O País”.
Entretanto, quanto ao camarão, os números são animadores, sendo que, na campanha de captura desta espécie em 2021, a cifra foi de 5 901 toneladas, uma ligeira subida de três por cento em relação ao período de 2020, cuja produção foi de 5 801 toneladas.
É de praz que anualmente a captura de camarão e caranguejo seja sujeita à veda. A medida visa garantir a produção na próxima campanha de captura das espécies.
Tal como acontece nos anos anteriores, o tempo de proibição de captura de camarão é mais longo que o de caranguejo, sendo que a primeira espécie estará vedada entre 1 de Novembro de 2021 e 31 de Março de 2022.
A captura do caranguejo do mangal será proibida de 1 de Novembro a 31 de Dezembro do ano em curso. Assim, a Administração Nacional avisou os operadores a declararem as quantidades de que dispõem, para permitir o melhor controlo do produto que vai circular no mercado durante o período de proibição.