A DP World Ltd. e CDC Group Plc formaram uma parceria para desenvolver novas infra-estruturas portuárias em África e comprometeram-se a gastar 1,72 mil milhões de dólares ao longo dos próximos anos.
A DP World, com sede no Dubai e um dos maiores operadores portuários do mundo, investirá mil milhões de dólares em instalações, incluindo em Dakar no Senegal, Ain Sokhna no Egipto, e Berbera na Somalilândia. Já o CDC, um grupo financeiro para o desenvolvimento sediado no Reino Unido, contribuirá inicialmente com 320 milhões de dólares e tendo-se comprometido com mais 400 milhões de dólares nos próximos anos.
A parceria, juntamente com a modernização e expansão dos portos, deverá impulsionar o comércio nos três territórios, bem como no interior do Mali, na África Ocidental, e na Etiópia, no Corno de África, afirmaram as empresas num comunicado na terça-feira. Pretendem gastar cerca de mil milhões de dólares só no porto de Dacar.
“A curto prazo, trata-se de reforçar a capacidade destes três países”, assume Nick O’Donohoe, director executivo do CDC, em entrevista à agência Bloomberg. “A longo prazo, trata-se de construir mais infra-estruturas portuárias noutros países, noutras regiões”.
Comércio e Exportações
O porto de Dakar é exclusivamente um porto de contentores que pode processar 900.000 unidades equivalentes a vinte pés, ou TEU, por ano. Sokhna, o principal porto do Mar Vermelho do Egipto e a sua porta de entrada para o resto de África, e Berbera são utilizados principalmente para o transporte de contentores, mas têm algumas instalações de mercadorias a granel, e têm uma capacidade anual de 950.000 TEU e 150.000 TEU, respectivamente.
Em comparação, o maior porto de contentores do continente na cidade sul-africana oriental de Durban, pode processar 3,6 milhões de TEU por ano.
Para além da construção de novas instalações em Ndayane, perto de Dakar, para expandir a capacidade do porto, as empresas planeiam melhorar a logística em Berbera e aumentar significativamente a capacidade em Sokhna, que está a sofrer uma expansão de 520 milhões de dólares, disse O’Donohoe. Estão também a considerar investir em portos interiores em países interiores sem acesso ao mar.
O comércio facilitado pelos portos apoiará 5 milhões de empregos nas economias afectadas, criará 138.000 empregos na fase de expansão, e melhorará o acesso a mercadorias para 35 milhões de pessoas, afirmaram as empresas no comunicado.
A CDC deterá uma participação minoritária na estrutura operacional dos três portos, disse O’Donohoe, declinando para ser mais específica sobre a parceria.
A instituição de financiamento do desenvolvimento investe cerca de 2,5 mil milhões de dólares por ano, dos quais 60% vão para África, disse ele. Outros investimentos incluem infra-estruturas de energia e telecomunicações