O grupo português faz referência a “dificuldades” que incluem “alguns salários em atraso e que são explicadas sobretudo pelo impacto do covid-19 e pelo facto de um dos seus principais clientes, o Estado moçambicano, não estar a honrar os seus compromissos financeiros”.
O grupo de construção civil português Elevo anunciou esta segunda-feira em comunicado ter salários em atraso em Moçambique, num valor não especificado, sobretudo devido à pandemia de covid-19 e a dívidas do Estado moçambicano.
No documento, o grupo faz referência a “dificuldades” que incluem “alguns salários em atraso e que são explicadas sobretudo pelo impacto da pandemia de covid-19 e pelo facto de um dos seus principais clientes, o Estado moçambicano, não estar a honrar os seus compromissos financeiros”.
Contactada pela Lusa, fonte ligada ao grupo não especificou os valores em causa.
O grupo afirma empregar 222 pessoas em Moçambique e ter uma carteira de obras no valor de 90 milhões de euros no país.
O comunicado surge dias depois de a imprensa local divulgar queixas de trabalhadores moçambicanos que dizem ter sido abandonados, sem explicações, numa situação que se arrasta há vários meses.
No comunicado desta segunda-feira, a Elevo diz que não abandonou Moçambique, acrescentando inclusivamente que pretende “reforçar a sua ligação com o país, estando prevista a realização de alguns importantes investimentos no curto prazo”, sem mais detalhes.
O grupo explica ter mais de 15 anos de presença em Moçambique onde “tem vindo a desenvolver um importante conjunto de projetos”.
A Elevo apresenta-se como um grupo português de presença global, “comprometido com as comunidades” e com “capacidade de resposta em todas as áreas da engenharia e construção.