Cerca de 3 400 famílias do posto administrativo de Majaua, no distrito de Milange na província da Zambézia já beneficiam da energia eléctrica fornecida a partir de uma central hidroeléctrica construída sob o rio Ruo.
A infra-estrutura construída no âmbito da electrificação rural custou cerca de três milhões de euros, fundos da União Europeia em parceria com o Governo moçambicano e tem a capacidade de 595KW.
A central hidroeléctrica de Majaua comporta uma rede de distribuição de energia eléctrica com extensão de 29 km em baixa tensão e 30 km em média tensão.
A energia produzida na mini-hídrica beneficia 3,400 famílias e pode evoluir para 5,000 famílias.
“Em termos de cobertura o que se espera até final do ano cerca de 5,000 famílias possam beneficiar deste empreendimento”, disse o delegado do Fundo de Energia (FUNAE) na Zambézia, Mário de Sousa.
“Nós vivemos num distrito fronteiriço e temos muitos agentes económicos na província. Portanto, a energia vai trazer mudanças, vai melhorar as casas de pasto. Com a transformação de moageiras a diesel para moageiras eléctricas, teremos muito mais moageiras”, apontou algumas vantagens da entrada em funcionamento da hidroeléctrica o Administrador do distrito de Milange, Santiago Marques.
Neste momento, o sistema conta com 677 ligações que beneficiam residências, empreendimentos económicos e sociais. O projecto prevê ainda de outra mini-hidríca na província da Zambézia.
“Já está em curso o plano de execução da infra-estrutura que terá capacidade de 1.9 megawatts”, garantiu o delegado do FUNAE na Zambézia.
A nova central vai permitir a eletrificação de mais sete povoados da comunidade de Majaua. Para a manutenção do equipamento e pleno funcionamento da rede foi contratada uma equipa técnica que trabalha em toda a extensão da linha.
O alcance da meta de eletrificação das sedes dos postos administrativos, cujo investimento total é de 120 milhões de dólares americanos, aliado à implementação do projecto Pro-Energia, vai permitir um incremento assinável na taxa de acesso à corrente eléctrica, saindo dos actuais 32% para acima de 64% até finais do presente Quinquénio.
Os programas de electrificação em curso deverão culminar com o Acesso Universal à Energia Eléctrica até 2030, tal como está preconizado na Estratégia Nacional de Electrificação.
Mini-hídricas são centrais de aproveitamento hidroeléctrico com potências instaladas inferiores a 10MVA. Consistem no aproveitamento de pequenos cursos de água para a geração de energia.