Segundo o Ministro dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Max Tonela, vai ser concluída ainda este ano a montagem da plataforma que vai viabilizar a produção e exploração do gás natural a partir da Península de Afungi.
A plataforma faz parte do consórcio da Área 4 liderado pela Exxon Mobil e Eni a partir das reservas de gás Coral Sul.
A plataforma flutuante que vai ser o primeiro projeto a produzir gás natural na bacia do Rovuma estará em águas moçambicanas até finais do presente ano, garante o Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela. “O projecto da plataforma flutuante está a correr conforme o programado. Portanto, nós temos mais de 90% de acabamento neste momento”, revelou o Ministro.
A ExxonMobil liderará a construção e operação das unidades de liquefação e restantes infra-estruturas em terra para o projecto Rovuma LNG logo que seja aprovado o plano final de investimento que foi adiado para, em princípio, 2022, devido à pandemia.
É tido como um dos maiores projectos de hidrocarbonetos em África. Já foram investidos 6.6 mil milhões de dólares do pacote de 7.4 mil milhões na área 4 da bacia do Rovuma. Grande parte do fundo foi alocado àquela infra-instrutura.
Os investidores da Área 1, comandados pela petrolífera francesa Total já investiram 4.1 mil milhões de dólares de um total estimado em 25 mil milhões de dólares.
“O projecto teve que ser interrompido devido a insurgência. Entretanto, as equipas estão em prontidão. Houve necessidade para mitigar ou minimizar os custos durante o período de interrupção e fazer a desmobilização de vários contratos. O que nós vamos fazer, seguindo a normalização da situação de segurança, é retomar os contactos com os investidores para desenhar um novo cronograma, mas isso será feito ao seu tempo”.
Antes do ataque a Palma, em Março deste ano, o Governo moçambicano havia definido o perímetro de 25 quilómetros como área de segurança do local onde está a ser implementado o projecto bilionário de gás natural liquefeito (LNG) na Área 1.
“O objectivo do Governo é que haja segurança em todos os locais afectados pela acção terrorista e é esta também a perspectiva que temos com os funcionários da Área 1 e da Área 4, que as populações possam regressar e tirar os benefícios da implementação do projecto em todos os locais”, disse o Ministro.
A segurança é a condição essencial para a retoma dos investimentos. “Logo que asseguradas condições de segurança, de estabilidade a longo prazo os projectos vão retomar”, frisou.