O Governo moçambicano anunciou esta quarta-feira o envio de mais 40 estudantes para cursos de licenciatura em hidrocarbonetos na Alemanha e Malásia visando apetrechar o país de especialistas locais nas áreas de petróleo e gás. Entre os beneficiários contam-se 20 mulheres.
Os dados foram anunciados esta quarta-feira (08.09) em Maputo, pela chefe do departamento de recursos humanos no Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Marta Pecado.
Eram elegíveis os candidatos de ambos os sexos, oriundos de todo o país, com idades de 18 a 21 anos que tivessem concluído a 12ª classe com uma média de 14 valores. Sem nenhuma nota a 12 valores, nas disciplinas de Matemática, Física e Química.
As bolsas foram preferencialmente distribuídas por estudantes das zonas de implementação de projetos de hidrocarbonetos, nomeadamente os distritos de Palma, província de Cabo Delgado, Moma, província de Nampula, Moatize, província de Tete, e Inhassoro e Govuro, província de Inhambane, todos com um total de 20 bolsas.
O concurso teve a participação de 1235 candidatos entre os quais 532 são do sexo feminino para 40 bolsas de estudo em diversas especialidades de petróleo e gás.
“Apurámos as 30 bolsas para a Malásia e 15 candidaturas para a Alemanha. Estes últimos estão a frequentar curso de alemão aqui em Moçambique. Destes, apenas 10 que obtiverem o nível B serão apurados”, explicou.
Entre os candidatos apurados, 20 são do sexo feminino. Segundo Marta Pecado, a partida dos bolseiros que vão estudar na Malásia está prevista para Maio do próximo ano. Os destinados para a Alemanha deverão partir em Setembro de 2022.
De acordo com o MIREME, a massiva participação feminina no concurso mostra que as jovens têm interesse pelas áreas de ciências e engenharias.
O envio de estudantes moçambicanos para formação na área de hidrocarbonetos enquadra-se na Estratégia de Formação do MIREME, que resultou na assinatura de memorandos de entendimento com três instituições.
No âmbito destes acordos, a Universidade Técnica de Petronas, da Malásia, comprometeu-se a receber anualmente 30 estudantes moçambicanos, Instituto Nacional de Petróleos de Angola, 15, e Universidade Técnica de Freiberg, na Alemanha, 10.
O programa já permitiu a formação de 217 jovens moçambicanos entre 2009 e 2021, nos níveis de licenciatura e médio profissional.